sábado, março 19, 2022

100 ANOS DE ARTE MODERNA

 Em 1922, a cidade do Rio de Janeiro era a Capital do Brasil. No entanto o grande centro cultural e econômico do País era São Paulo.

Entre 11e 17 de fevereiro, em São Paulo, ocorreu a Semana de Arte Moderna com vários eventos nas mais variadas expressões da arte e da cultura.

Artistas Plásticos  e  Escritores  do País estiveram presentes atuando em eventos que atraíram e receberam a atenção das autoridades , dos meios de comunicação e do público em geral.

Nas artes plásticas destacamos as mostras de John Graz, Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado  e  Victor Brecheret.

Fizeram parte dessa Semana de Arte Moderna os escritores: Mário de Andrade e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida Prado e Ronald de Carvalho, dentre outros.

As apresentações receberam aplausos e vaias .

Na área musical estiveram presentes Guiomar Novaes, Heitor Villa Lobos, Maria Emma, Paulina D´Ambrósio, além de grupos corais. 

Destacamos o triste episódio ocasionado por Monteiro Lobato, memorável criador dos belos personagens do Sítio do Pica-Pau amarelo. Lamentàvelmente Lobato foi muito infeliz manifestando sua contrariedade à Semana, de modo particular os trabalhos de Anita Malfatti com teorias efêmeras, anormalidade da natureza, estrela cadente imitando as estravagâncias de Picasso e congêneres.

 Apesar de retrógrados como Lobato, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um sucesso ocasionando, nas anos seguintes, a publicação de livros, revistas, como a Paulicéia Desvairada, a revista futurista KLAXON, experiências literárias muy interessantes.

Em 1828, a Revista Antropofagia, de Oswald de Andrade, liderou um movimento modernista radical.

Por outro lado, juntaram-se à Lobato outros conservadores reacionários como Plínio Salgado, fundador do Integralismo, de inspiração nazi-fascista, Cassiano Ricardo e estranhamente também Menoti Del Picchia.

Líderes da modernidade literária do Brasil foram e serão eternos José Oswald de Souza Andrade e Mário Raul de Morais Andrade.

 

 

 

 

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