quarta-feira, setembro 12, 2012

LA CHAUSSURE - O CALÇADO

Esse livro,  LA CHAUSSURE,  de MICHEL JUIGNET, é uma publicação do próprio autor: Paris, 1977. Chez l´auteur, 34, rue de l´Alouette, 94160 Saint-Mandé. Val-de Marne, France.

Michel JUIGNET, nessa edição em francês, conta a história do sapato naquele País, suas lendas, seus sapateiros, e suas associações profissionais mais conhecidas e célebres.
Os vários capítulos, distribuídos em 262 páginas, nos apresentam:

1-O PROFISSIONAL SAPATEIRO E PROFISSÕES AFINS
2-LENDAS DA PROFISSÃO e APELIDOS DOS  PROFISSIONAIS a da PROFISSÃO

3-AS DOENÇAS PROFISSIONAIS DOS SAPATEIROS
4-AS COMEMORAÇÕES CORPORATIVAS DAS ASSOCIAÇÕES CALÇADISTAS NA EUROPA


5-O CALÇADO
6-O FRANCÊS-INGLÊS(FRANGLAICAS) e OS TÊRMOS DESIGNATIVOS DO  CALÇADO

7-MINHAS IMPRESSÕES E REFLEXÕES DE UMA VISITA ÀS EMPRESAS DE CALÇADOS EUROPÉIAS
8-O ESTUDO DO CALÇADO E O SIMBOLISMO DO CALÇADO

9-MUSEUS DO CALÇADO NO MUNDO
10- AS ASSOCIAÇÕES DOS MESTRES/COLEGAS DE OFÍCIO NAS ÁREAS DE SAPATOS E BOTAS NO CIRCUITO FRANCÊS

11- OS ASSOCIADOS de 1975
12-PESSOAS IMPORTANTES NA ÁREA DO CALÇADO E QUE ALCANÇARAM CELEBRIDADE


Reproduções de fotos antigas, ilustram modelos de sandália egípcia, confeccionada em tecido de palmeira, calçado japonês ricamente dourado, sapatilha da Moravia(1923), mocassin de pele de bison, decorado com pérolas, bota russa do século XIX, botinha feminina de Pinet(1870). Marcas registradas de fábricas, modelos de botas: bota amazona, botas e botinas de caça, bota arqueada, sapato napolitano.Há também, a foto de um elegante senhor, em traje de festa, membro de uma associação calçadista no século XIX.
 
Reprodução do desenho feito por um associado (A.Fardin), de uma sede corporativa de calçadistas. Fotos de encontros festivos de sapateiros (calçadistas), em 1892, na localidade de Bordeaux,e em Paris,no ano de 1975. Um quadro, representando antigo sapateiro flamengo.

A publicação do livro foi feita numa época na qual não existiam  as facilidades das comunicações dos anos 2000. É valiosa para o tempo e o espaço que abrange, não tem caráter universal. Merecerá de nossa parte, outro comentário sobre calçados e afins. Foi na segunda metade do século passado que desenvolveu-se uma rica produção coureiro calçadista na América. No Brasil, criou-se uma rede de instituições e profissionais na área: empresários, trabalhadores, associações, caixeiros-viajantes, transportadoras, imprensa( o Grupo Editorial Sinos com o Brazil Export , O Exclusivo,Lançamentos), ANCA,FENAC, FRANCAL, ABICALÇADOS, exportadores, estilistas, escolas do calçado, escola de curtimento, tecnólogos de couros e tecnólogos de calçados da Feevale, museu nacional do calçado. Esse assunto merece uma crônica especial e detalhada.

CAFÉ LUNA BAR É CULTURA


O tradicional Café LUNA BAR foi inaugurado em primeiro de maio de 1954. É administrado pela família FINCK desde seu começo. Referência no centro de Novo Hamburgo ocupou durante décadas, uma das lojas do prédio do antigo Cine Theatro Lumière, na Rua General Neto, atual Calçadão Osvaldo Cruz, no coração da cidade.
Recentemente, teve que obedecer a ordem legal de despejo, patrocinada pela nova dona do  prédio, a igreja do pastor Edir Macedo. Embora o infortúnio, o LUNA não desapareceu. Ressurgiu qual Fênix revivida, num espaço novo, maior e melhor, na Rua Bento Gonçalves, ao lado da Escola Osvaldo Cruz e em frente ao Calçadão que leva o mesmo nome.

É um ambiente aconchegante, que vem agradando a seus frequentadores habituais, bem como, aos  novos clientes: a decoração de bom gosto, os  móveis de madeira vergada, dão uma sensação de conforto. Suas amplas paredes laterais internas são tomadas por quadros que ilustram os últimos sessenta anos de arte musical e cinematográfica. Podemos contemplar  James Dean, as motocicletas de Peter Fonda e Dennys Hopper, e m "Easy Ryder", a inesquecível Marilyn Monroe, os gênios musicais de Elvis Aaron Presley, Led Zeppelyn, Rolling Stones, Pink Floyd, o nosso Legião Urbana, de Renato Russo, e outros mais.
 
As tribos de fiéis clientes revezam-se nos vários turnos, da manhã à noite, da segunda-feira ao sábado. O atendimento é personalizado, os produtos oferecidos, da melhor qualidade, e o café tirado pelo barista chef Geraldo Finck, fazem a delícia de seus apreciadores. Israel (filho de Geraldo) e Dona Luíza são os colaboradores no atendimento da clientela.

Nesse ano, quem esteve no LUNA, teve a oportunidade de acompanhar pela TVHD, Il Giro d´Italia, Tour de France, O Torneio de Wimbledon, o US  Open e os Jogos Olímpicos de Londres, dentre outros. Os donos de Lap Tops/Notebooks, aproveitam a internet do LUNA.
Empresários, esportistas, professores, artistas plásticos, sejam quais forem as profissões, aposentados ou não, casais de todas as idades, trocam informações, batem papo, discutem política, alguns tentam salvar o país do mensalão.

Um aspecto que chama a atenção é a troca e empréstimo de CDs, livros e periódicos. No grupo que acompanho, circulam livros de economia, de História, Antropologia, Política, e até Auto Ajuda. Nomes de Eduardo Galeano, Mario Vargas Llosa, Miriam Leitão, Mário Simonsen, dentre outros, foram citados ou lidos. Recortes de jornais e revistas, com "a notícia ou a charge do dia", são frequentes.
Uma amiga relatou-me um episódio envolvendo seu filho, aluno de primeiro grau, na vizinha Escola Osvaldo Cruz: O garoto dirigiu-se à professora, solicitando permissão para sair da Escola durante o recreio. Explico o motivo: queria ir até o Luna, dar um alô para o vovô, o qual, segundo a vovó afirmara "passava todas as manhãs no Luna". Embora o simpático pedido da criança, a professora fez ver da responsabilidade e cuidados que a Escola deve ter, não autorizando a saída de alunos durante o período de aulas. Como podemos constatar, o Café Bar Luna, além de espaço de lazer e cultura, também é família.

Longa vida ao Café Bar Luna, um dos mais antigos e tradicionais pontos do Centro de Novo Hamburgo.