sábado, outubro 16, 2021

TUKÚNA: VIDA OU MORTE

 TUKÚNA   VIDA  OU  MORTE

 Antes de viajar para a Amazônia recebí treinamento para sobrevivência e atividades naquela Região.

Era uma promoção patrocinada pelo Projeto Rondon, do Governo Federal. Foi quando tive a oportunidade de conhecer o Professor e Antropólogo Social ARI PEDRO ORO, Na Universidade Católica de Porto Alegre,

O Professor ORO é autor do livro TUKÚNA:  VIDA  OU  MORTE  cujo conteúdo valioso trata de modo muy prático e objetivo a Nação Indígena Tukúna que vive no Alto Solimões,  Amazonas.

Tukúna é um grupo tribal que há décadas está preso a  todo um quadro de dependência à sociedade nacional mas que, mesmo  assim de tempos em tempos, tenta reagir a essa situação, por meio de movimentos messiânicos. A Irmandade  ( Ordem ) Cruzada Católica, Apostólica e Evangélica, ou "Movimento da Santa Cruz", é a mais recente tentativa da sociedade indígena às condições de submissão que estão sujeitos em seu convívio com a sociedade nacional, constituindo-se em algo vital para um grupo étnico que quer viver, crescer e morrer dignamente como Tukúna.

Em meados dos anos 80, os Tukúnas se localizavam na zona fisiográfica Solimões-Javari, e eram considerados uma das maiores tribos indígenas do Brasil.

No território do Brasil esses indígenas ocupavam os Municípios de Benjamin Constant ( Local do Campus Avançado do PROJETO RONDON, São Paulo de Olivença, Fonte Boa e Santo Antonio do Içá num total de uma população de mais de 11.000 indígenas.

A demarcação das terras dos índios no Brasil é uma necessidade urgente para a preservação das várias Nações Indígenas. A integração dos Tukúnas à sociedade nacional, além da usurpação de suas terras e exploração de mão-de-obra, teve como resultado a substituição de muitos aspectos de sua cultura tradicional, de modo especial  na economia, educação, política, religião e métodos de cura.

A maioria dos Tukúnas passou a fazer parte do Movimento da Santa Cruz. O curandeiro branco, oriundo de Minas Gerais foi o criador desse Movimento, sendo considerado pelos índios o Cristo, o Messias que os libertará dos brancos. Por esse motivo eles aguardam o cataclismo previsto por José Francisco da Cruz e que acontecerá com o desaparecimento dos brancos, enquanto eles, da Santa Cruz sobreviverão, vivendo a partir daí em perfeita felicidade, pois, estarão libertados dos brancos que os oprimem.

O Movimento Santa Cruz permitiu uma nova identidade étnica tribal segundo a qual só é um Tukúna de verdade quem pertencer ao Movimento. Com isso, é claro, que uma grande parte dos brancos na região, vem explorando economicamente essa Nação Indígena.

A Universidade de Caxias, através de sua Editora, a Editora Vozes Ltda. e a Escola de Teologia São Lourenço de Brindes apoiaram essas publicações sobre Antropologia Cultural, Religião, Educação e Cultura de um modo geral. 

 

 



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