Elaborar uma Política Pública Cultural para o município, tomando como base o sentido amplo da cultura.
Assim começa o texto do plano de trabalho da ACART-Associação Cultural dos Amigos das Artes. Fui convidado a participar da análise do mesmo, e fiquei duplamente satisfeito. A autora do documento básico, Luíza Leane Vitório, e a presidenta da ACART, Ione Rocha Jaeger, foram líderes estudantís, enquanto eu era diretor acadêmico. Naqueles tempos, não vou negar que elas, com outros colegas de diretório acadêmico, deram-me um bocado de trabalho, no bom sentido, é claro. Sempre tinham sugestões, propostas ou protestos. Penso que essa liderança e espírito crítico, desenvolvidos na universidade, colhem frutos nos dias atuais.
Um exemplo prático é essa proposta de estratégia de ação que elas apresentam à Câmara de vereadores, à comunidade, aos Conselhos Municipais de Cultura e Turismo e à própria Secretaria. Do projeto apresentado, destacamos alguns objetivos: Geração de empregos e renda aliada à cultura, à produção, difusão e valorização do patrimônio e fomento ao turismo; incentivar artistas e fazedores de arte; agregar turismo comercial com o turismo cultural e gastronômico; combater a violência e a discriminação social, através de projetos de inclusão social(cursos para desempregados).
Para alcançar essses e outros objetivos são necessárias ações preliminares de motivação e convencimento dos poderes públicos, empresas, entidades sociais e educacionais e meios de comunicação. É o que as autoras denominam de “União de todos em prol de uma causa comum”. Uma sondagem e diagnóstico poderão oferecer dados para a conceituação e análise da capacitação de Novo Hamburgo para constituir-se num pólo cultural e turístico. Serão elaborados um mapeamento da infra-estrutura turística, inventário dos bens culturais, recursos humanos e institucionais existentes no município. Isso permitirá o fortalecimento e autonomia da SECULT; busca de recursos externos (leis de incentivo, investidores nacionais e estrangeiros). Novo Hamburgo terá uma indústria turística não poluidora, com maior número de empregos, e espaços públicos ociosos serão melhor aproveitados (é o caso atual da nossa tradicional FENAC).A comunidade hamburguense, destinada a enfrentar crises econômicas periódicas, tem à sua disposição agora, essa proposta corajosa de Luiza Leane Vitório e Ione Rocha Jaeger, visando criar alternativas sócio-econômicas para o município. Esperamos que as autoridades públicas também sejam sensíveis e analisem com propriedade essa oferta de grande valor: Colaborar com o poder público na implantação de políticas que visem à melhoria da qualidade de vida da população de Novo Hamburgo.
Um comentário:
Plínio, volto a ler teu artigo sobre as expectativas culturais da ACAART - Associação Cultural de Amigos das Artes. Falo do ousado e elevado plano de estatégias da nossa Leane. Mas, acredite, até esta data não "germinou"! Crei que caiu em terreno árido. Que pena! "Ai de ti Jerusalem...!
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