terça-feira, abril 28, 2020

LEITURAS OPORTUNAS-1ª Parte

                LEITURAS OPORTUNAS - 1ª Parte

Prof. Plínio Dall´Agnol

Nesses tempos de pandemia causada pelo corona vírus, tenho o oportunidade de conhecer
e reler, vários autores, histórias e assuntos muy interessantes e oportunos, que     passo   a
enumerar:

1) ARQUEOLOGIA: Quem gosta de estudar e conhecer civilizações antigas pode ler:
A revista The National Geographic Magazine, de janeiro de 1959, com as reportagens
Lost City of Maya ( cultura maya no México ) e Expedition to Mesa Verde (uma visita  ao
Projeto arqueológico no Estado do Colorado, na Região de Wetherill Mesa, construções
arqueológicas de mais de 1.300 anos).
A revista The National Geographic Magazine, de fevereiro de 2015 (edição em português )
com a reportagem  ORIGENS DA ARTE,  39.000 anos atrás.
Mais Timma Valley in Israel, Breaking Israel News, United with Israel, conhecer a história
dos Estados de Israel e a língua hebraica, a Palestina e os idiomas árabes.

2) PUBLICAÇÕES DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL:
Vários exemplares de uma série  CRIANÇAS DO RGS ESCREVENDO HISTÓRIAS,   de
acordo com o que disse a Professora MARIZA ABREU, Secretária da Educação   quando
foi iniciado : " Um Programa da Secretaria de Educação do Estado criado e desenvolvido
para incentivar as crianças das Escolas Públicas Estaduais a escrever histórias"!

3) Livro de MARIO CACCIAGLIA "Quattro Secoli Di Teatro In Brasile"(1980, Roma),
publicado também em português por T.A.Queiroz Editora e Editora da USP, em 1986  sob
o titulo de "Quatro Séculos do Teatro no Brasil".
 De acordo com o consagrado crítico SábatoMagaldi : - " vem preencher uma lacuna na
 bibliografia brasileira.
 Estudantes de  teatro e  de literatura interessados no fenômeno cultural encontrarão
nesta síntese um   guia  para orientar-se no emaranhado de produções    que já se   pode
 considerar o teatro brasileiro"!

4) Livro do Antropólogo e Cientista Social DARCY  RIBEIRO "Os Índios e a Civilização
 Brasileira". A Integração das Populações Indígenas no Brasil Moderno.
O autor concluiu esse livro em setembro de 1968, em Montevidéo, onde estava asilado  da
ditadura em imperava no Brasil, agradecendo à esposa Berta Ribeiro: - "  A  realização
deste estudo só se tornou possível graças à pertinácia com que minha mulher o  exigiu ao
logo de anos e a inestimável ajuda que me prestou na sua elaboração." Ele ainda faz uma
dedicatória ao General Cândido Rondon, intitulando-o merecidamente "O HUMANISTA".

 O escritor Darcy Ribeiro honra as letras, a arte e as ciências humanas do Brasil   quando
em 1952 designado pela Divisão de Estudos Sociais da UNESCO, realizou uma pesquisa
sobre as relações entre índios e brancos nos quadros da realidade social  brasileira,   como
parte de um amplo programa de estudo das relações de raça no Brasil, empreendido   por
aquela instituição internacional da ONU.
Continua na 2ª Parte


*Plínio Dall´Agnol é Professor, Pós Graduado em Antropologia Cultural






sexta-feira, abril 24, 2020

QUARENTENA COMUNISTA

QUARENTENA  COMUNISTA

Prof. Plínio Dall´Agnol

Estou residindo num bairro residencial há muitos anos, numa esquina muito bem arborizada
De minha sacada, do pátio e do jardim, vejo passarem pela rua todos os dias carteiros,
motoqueiros delivery, jardineiros, distribuidores de gás. Nesses dias de COVID19     tenho
visto novos passantes: vendedores de máscaras, vendedores de panos de prato coloridos  ou
bordados.

A vizinhança, que como eu, costumava dar caminhadas pelo bairro ou quadras adjacentes
desapareceu com a pandemia. Minhas idas diária ao CAFÉ LUNA no Centro da   cidade
estão canceladas porque até o CAFE LUNA fechou sem prazo para reabrir.
Consequência disso tudo, minha mulher convocou-me para serviços externos como aspirar
a piscina, retrolavar , colocar o cloro e eventualmente algicidas de manutenção. Nos jardins
tenho o encargo de ensacar as folhas e restos varridos e colocar galhos quebrados  na   chur-
rasqueira.

  Ontem tive uma surpresa, ao levar os sacos de lixo dos jardins para as calçadas um morador,
sem máscaras, tripulando um carrão importando, tendo ao seu lado sua mulher, vestindo
máscara, parou à minha frente e muy simpático apresentou-se identificando-se como mora-
dor de uma rua próxima. A seguir elogiou meu trabalho de jardineiro improvisado e passou
a comentar  sobre a quarentena causada pelo COVID19.
Disse ele que essa parada com isolamento horizontal estava causando a quebra de    muitas
empresas e fome aos desempregados.

 Lembrei a ele que isso nos reportava à grande crise de 1929 nos Estados Unidos que levou à falência um número enorme de empresas.
Comentei ainda que realmente a situação está muito séria e perigosa para todos, mas que
devemos nos cuidar para não sermos infectados pelo coronavírus.

Ele voltou a falar dizendo que essa situação era coisa de comunistas que desejam implantar
o caos para impor uma ditadura comunista no Brasil e dominar o mundo.
Quando ele despediu-se educadamente e foi embora fiquei  pensando com meus botões:
No raciocínio dele o COVID19, popularmente chamado de corona vírus, teve como origem
na CHINA, que tem um governo comunista, nossa quarentena consequentemente pode ser
chamada de QUARENTENA COMUNISTA do COVID19.

* Plínio Dall´Agnol é Professor, Pós Graduado em Antropologia Cultural


segunda-feira, abril 13, 2020

BOAS CIDADES PARA VIVER


BOAS CIDADES PARA VIVER

* Plínio Dall´Agnol

Neste século após as grandes descobertas científicas e invencões, a vida dos seres humanos
alterou radicalmente.
Grandes cidades, principalmente capitais de vários países, passaram a criar e receber     mi-
ões de habitantes: Tóquio, Hongkong, Nova York, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Berlim,
México City, Bombaim, Moscou, Los Angeles, Washington,  Bangcoc e tantas outras.
Com isso passou-se a ter mais habitantes nos centro urbanos das grandes cidades e o interi-
or, as regiões da campanha dos campos agrícolas, principalmente, passaram a ter uma
atração menor para as pessoas viverem.
Temos fatores positivos nas cidades que é a reunião de cérebros de grande valor intelectual
e inventivo, as Universidades, grandes empresas, principalmente de alta tecnologia.
Isso acarretou o aperfeiçoamento das comunicações, através da internet, TV a Cabo,      a
urbanização trouxe o saneamento com os esgotos e a água encanada tratada em Estações
Hidrológicas, o calçamento e asfaltamento de ruas e avenidas.
A engenharia e a arquitetura aperfeiçoaram o desenvolvimento da construção de prédios  de
ocupação individual  ou familiar, os de uso coletivo, como edifícios e condomínios,      em
estilos práticos modernos e aproveitamento otimizado  dos espaços.
 Um grande problema que tem ocorrido nas grandes cidades tem sido a marginalização  de
populações pobres ou de menor poder aquisitivo, colocadas em favelas, que a mídia oficial
costuma chamar de comunidades.
Essas aglomerações na maior parte das vezes são fruto de invasões de terrenos abandonados
públicos ou privados, zonas de preservação ecológica e florestal. As cidades do Rio de Jane-
iro e São Paulo são exemplos disso.
A grande circulação de veículos particulares, ônibus e motos, provocam os congestionamen-
tos em ruas e avenidas. Felizmente algumas soluções foram tomadas para minorar essas si-
tuações: Os trens subterrâneos, os metrôs, o uso das vias pelos particulares em dias alternados
de placas. A despoluição de  vias aquáticas, baías e lagos tornam o ambiente das cidades mais
saudável e acolhedor.
A criação de entidades comunitárias particulares ou de governo, podem trazer elevados bene-
fícios a toda a população, tanto da cidade quanto à perifiria. A arquiteta e urbanista america-
na Janice Perlman, estudiosa das cidades, costuma dizer que uma palavra chave para o     bem
estar, fraternidade e confôrto para todos é SOLIDARIEDADE.
Com isso a especulação imobiliária, crescimento mal planejado que danifica a beleza      da
cidade e embrutece o ser humano, serão banidos do convívio social, dando lugar a justiça e
distribuição de renda.

* Plínio Dall´Agnol é Professor, Pós Graduado em Antropologia Cultural


sábado, abril 11, 2020

A RAINHA DAS PRAIAS

A  RAINHA  DAS  PRAIAS

*Plinio Dall´Agnol

 Quando o Governador Leonel de Moura Brizola provocou a criação da Refinaria Alberto
Pasqualini na divisa Esteio-Canoas, o pequeno município litorâneo Tramandaí recebeu   o
Terminal Almirante Soares Dutra da Petrobrás, que colhe o petróleo das plataformas à
beira mar que atendem os navios petroleiros que aportam lá.
Com isso, Tramandaí que possuía uma pequena população, passou a ter funcionários da
Petrobrás, da Marinha do Brasil, do DEPREC, DAER e outras instituições e empresas.
Isso fez com que o comércio ficasse expandido e em nossos dias conta com uma ampla rede
de supermercados, mercados de bairro, comércio de vestuário em centros comerciais, mate-
rial de construção, uma rede de assistência social e médica, com hospital de porte médio
muito bem equipado e com pessoal competente e habilitado, laboratórios e clínicas especia-
lizadas.
Universidades Públicas e Particulares tem campus avançados em Tramandaí.
O Museu Histórico Municipal Abrilina Hoffmeister, possui um valioso acervo fotográfico
e peças antigas de valor inestimável, a maioria doada pela comunidade. Funciona junto à
Câmara Municipal de Vereadores.
Atualmente o município tem em torno de 50 mil habitantes fixos e na temporada de vera-
neio alcança a cifra média de 350 pessoas.
Nos primeiros anos de  emancipação o prefeito nomeado pela ditadura era um coronel    da
reserva do exército nacional.( Á época cidades do litoral, capitais e com reservas estratégi-
cas de petróleo ou  similares, eram consideradas de segurança nacional). Esse coronel prefeito realizou uma  brilhante gestão, valorizando a  cidade: arborizou as ruas e avenidas, incentivou os proprietários particulares a plantarem árvores frutíferas e nativas em seus terrenos.(Particularmente, tenho até hoje duas enormes árvores que enfeitam minha propriedade.)
O coronel prefeito incentivou a expansão do Horto Florestal Municipal,que na atualidade
fornece, periódicamente, mudas de árvores nativas, frutíferas e hortaliças de forma grátis.
A gestão do coronel prefeito foi marcante e valorosa dando renome expressivo a Tramandaí, exemplo de seriedade.
Algumas gestões posteriores tiveram Prefeitos que realizaram obras faraônicas, gastando milhões do
erário público prejudicando o município:  Um enorme estádio de futebol, hoje sub-
aproveitado, um Ginásio de Esportes Coberto, que ao menos tem suas laterais aproveitadas
como Biblioteca Pública Municipal, Guarda Municipal e outras reparticões públicas.
Antigamente as pessoas iam à praia para tomar banho como forma de tratamento de saúde.
Hoje em dia a praia serve como local de férias, lazer e diversão.
 As condições atuais de Tramandaí atraem novos visitantes, novos moradores, boa parte de professores e profissionais dos mais diversos ramos,que passam a residir na cidade.
 Por sua expressão social, política e economica podemos pois, considerar que a cidade de TRAMANDAÍ  é a legítima RAÍNHA DAS PRAIAS.

* Plínio Dall´Agnol é Professor, Pós Graduado em Antropologia Cultural