domingo, julho 19, 2015

Os Relações Públicas Honorários


O exercício profissional de Relações Públicas é estabelecido por Lei e regulamentado por decreto específico. Fica ao encargo do Conselho Federal e dos Regionais a fiscalização e o registro de seus inscritos, para o bom e legal andamento da atividade. Pessoas que atuavam nesta profissão em data anterior à regulamentação foram registradas como provisionados podendo exercer as atividades inerentes com os mesmos direitos dos novos profissionais.

Tive o prazer de conhecer algumas pessoas especiais  em nossa comunidade que por sua conduta inusitada poderíamos chamar de Relações Públicas Honorários. Esses foram meus tipos inesquecíveis: O professor Lauro Diogo de Jesus, aposentado pelo SENAI, passou à Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo-ACI/NH. Ele era um verdadeiro “homem dos sete instrumentos”: Secretariava reuniões, organizava eventos e chefiava o cerimonial. Com experiência obtida no SENAI organizou os Cursos de aperfeiçoamento dos recursos humanos das empresas e instituições públicas e privadas.

 Foi num desses cursos que conheci Lauro Diogo.  Sabedor de minha classificação em 1º lugar num concurso público estadual para Secretário de Escola indicou-me para Secretário Executivo da Fundação Liberato Salzano. Graças a ele tive meu primeiro  emprego.  Lauro Diogo era uma pessoa alegre, comunicativo e culto recebia a todos com atenção e dedicava o melhor de seu conhecimento e experiência nos cursos e seminários que organizava.

Meu próximo tipo inesquecível foi Octávio Oscar Bender. Compartilhamos o esforço no projeto do então Prefeito Alceu Mosmann de criação da ASPEUR que viria a ser a mantenedora da FEEVALE. Seu Otávio,  tínhamos o hábito de assim chamá-lo, foi com o motorista Sady e a professora Gessy Sfair Silveira, visitar os vários municípios da região, durante meses em 1969, colhendo apoio das  comunidades.

 Mais tarde tive o privilégio de contar com seu apoio na Chefia de Gabinete do então prefeito municipal Miguel Henrique Schmitz, um administrador público gentleman que valorizou nosso trabalho.  Seu Otávio não media esforços, era de uma cortesia sem fim, extremamente cordial em todos os momentos, tinha um vocabulário especial e uma palavra de atenção para todos, sem distinção de cargos. Assumia a representação da prefeitura sempre que convocado, sacrificando às vezes o lazer com a bela família que possuía mas que sabia do bom homem que tinha lá em casa
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Poderia enumerar outros nomes, por hoje ficamos nesses dois exemplos marca

Ação da Polícia Civil em Novo Hamburgo



No último final de semana as emissoras de televisão, rádios e jornais apresentaram um noticiário inusitado para não dizer difícil de acreditar: empresa ou pessoas assaltadas em Porto Alegre, prenderam os bandidos. Telefonando para a polícia militar ou civil,( não sei certo qual foi), as vítimas receberam a notícia que faltava viatura para o atendimento da ocorrência. De acordo com o noticiário da capital existem viaturas depositadas no pátio de um órgão público, mas, que ainda não podem ser utilizadas porque o Sr.Governador não tem agenda disponível para entrega oficial das mesmas.

Felizmente em Novo Hamburgo, embora as dificuldades materiais, a Central de Policia Civil está localizada num prédio moderno (sede anterior da Prefeitura) reformado com apoio da comunidade em  acordo com o governo do Estado. Os recursos humanos ( delegados, inspetores, escrivães ) estão plenamente capacitados em suas funções.

Esse cronista pode testemunhar um fato ocorrido nos últimos dias: Uma família teve sua residência assaltada. O ladrão ao fugir da casa foi identificado por operários de uma obra vizinha à residência. A família vitimada foi à Central de Polícia Civil de Novo Hamburgo para fazer o registro da ocorrência de roubo onde, prontamente atendidos pelo inspetor Giovanni, o mesmo de imediato  encaminhou o assunto para a Divisão de Investigações da 1ª Delegacia. O inspetor Lemos passou a acompanhar o caso colhendo informações sobre um dos objetos roubados: um celular de última geração tinha  rastreador  seguindo o assaltante até quem adquiriu o aparelho roubado. Essa pessoa, uma mulher de Porto Alegre teve seus registros sociais e familiares rastreados( numa piscina e academia de clube, ruas e comércio da cidade).  Com esses dados e uma diligência minuciosa e persistente o inspetor Lemos conseguiu identificar a receptadora. Ele passou trabalho com a mulher que criou as maiores dificuldades para apresentar-se numa delegacia. Finalmente intimada fez a entrega do aparelho com arrogância.

Embora a receptadora tenha devolvido o celular roubado sem o cartão de memória, as imagens dela estão todas arquivadas no computador da polícia, graças aos inspetores Lemos, Giovanni e Lourenço.



As Relíquias Sagradas de Hitler



O livro de Sidney D. Kirkpatrick é uma história real, baseada nos diários, cartas, entrevistas e registros militares da 2ª guerra mundial. O 1ºtenente Walter Horn, alemão, filho de um pastor luterano, fez seu doutorado em artes na Universidade de Hamburgo, em 1943 emigrou para os Estados Unidos e passou a servir o exército. Agente da inteligência americana foi designado pelos generais Dwight D.Eisenhower e George S. Patton para resgatar em Nuremberg as Jóias da Coroa que haviam sido roubadas pelos nazistas do Kunshistoriches Museum de Viena.



Quando interrogava o prisioneiro nazista Fritz Hüber, ficou sabendo que havia um tesouro oculto e vigiado por guardas, num “bunker” sob o Castelo de Nuremberg, só o Reichsführer Heinrich Himmler e algumas pessoas da alta confiança sabiam disso: Obras de Albrecht Dürer, esculturas de Veit Stoss(da Polonia) códices medievais, mapas,  e relíquias ecumênicas do Sacro Império Romano (a coroa imperial, o orbe, a lança sagrada, o cetro e duas espadas).



Com ordens secretas e expressas de seu alto comando, Walter Horn teve enormes dificuldades junto aos oficias locais por ciúmes das grandes atribuições recebidas de Eisenhover e Patton. Somava-se ainda aos cidadãos locais alguns com medo outros por terem sido membros do governo Hitler. Lamentáveis foram os casos de roubos praticados por militares americanos: Um oficial chamado Alter sofreu um acidente com seu jipe levando moedas de ouro, jóias, libras, relógios de ouro e diamantes que roubara de um depósito do próprio exército.  Alto oficial americano roubou a cama de Göring, com todas roupas de cama e enviou para sua casa em Atlanta. Um soldado vendeu o punhal de Göring porque desejava comprar uma granja no Texas. Outro oficial roubou o melhor uniforme, as medalhas e a espada cravejada de brilhantes.




Horn e sua equipe nem procurou outros aspectos indecorosos revelados pelos arquivos da inteligência militar.Nesses casos erros, roubos e negligências ocorreram da parte dos nazistas e de alguns poucos das forças aliadas de ocupação.

Ao final dois alemães expatriados (Felix Rosenthal e Walter Horn), um prisioneiro de guerra (Fritz Hüber) e um grupo de ex-nazistas de fidelidade duvidosa foram os principais responsáveis pela recuperação do tesouro pelas forças Aliadas.