As
causas dessa lamentável posição é de ordem histórica e cultural: A América dominada
pelos espanhóis criou em 1551 a Universidade Nacional de São Marcos no Peru, e
a Universidade Autônoma do México no mesmo ano. No Brasil, sob domínio
português, somente em 1911 criou-se a primeira universidade (São Paulo) e a
Federal do Paraná(1912). O Colégio dos Jesuítas da Bahia, de fins do século
XVII seguia o Estatuto da Universidade de Évora, sem reconhecimento dos
colonizadores portugueses. O primeiro jornal impresso no Brasil em 1808 foi a
Gazeta. Em 1ºde julho de 1808 Hipólito José da Costa, exilado em Londres
publicou O Correio Braziliense que era trazido ao Brasil de navio,
clandestinamente. A primeira Revista foi impressa na Bahia em 1812 – “As
Variedades ou Ensaios de Literatura”. A Revista do Instituto Histórico e
Geográfico(de 1839) é uma das raras publicações que subsistem até hoje por
tanto tempo.
A família, a escola e a sociedade, cada uma em
sua área de competência tem a responsabilidade de incentivar a leitura de
jornais, livros e revistas às crianças, jovens e adultos. Recordo de meu tempo
de garoto que meu pai, além da assinatura de dois jornais, sempre que retornava
de viagens, trazia livretos para pintar ou preencher espaços, livros e revistas
infantis. Para meus irmãos e para mim eram os melhores presentes. Até hoje cada
um de nós possui uma biblioteca em casa.
No início dos anos sessenta conheci em Novo
Hamburgo uma professora da Escola Estadual João Ribeiro, no bairro Canudos.
Ela, mais tarde passou a lecionar na Escola Estadual 25 de Julho e seu Anexo.
Desde o início de sua carreira desenvolvia atividades práticas com os alunos.
Uma delas era a leitura do jornal em sala de aula. Organizavam grupos de
debates, recortes de notícias consideradas mais importantes e redação de textos
sobre os temas dos jornais. A professora incentivava a leitura, a escrita,
oratória, desinibição, fraternidade e
participação social das crianças e jovens.
No âmbito da sociedade cabe salientar o
Programa de Leitura de Jornais em Sala de Aula, patrocinado pelo Grupo
Editorial Sinos com apoio de Universidades, Secretarias Municipais de Educação,
direção e professores de Escolas do Estado e municípios. Esse programa exemplar
tem servido de modelo para vários outros no Estado.
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